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Ouvindo Gal Costa hoje a tarde eu tive vontade de postar em Português. Coisa rara isso, que só acontece a cada muitos posts. Eu começei esse post na quarta-feira, mas toda a tradicional barulheira que o Patrick começou a fazer me destraiu e eu tive que parar.
Minha quinta foi péssima, porque pelo primeira vez os oitos's superaram os oitocentos' e eu explodi. Combine bossa nova, dose dupla de café e uma pequena discussão com o namorado e é isso que dá. Estou carregando um mundo de problemas nas costas por muito tempo, e sou viciado em carregar um pouco do mundo dos outros também. Não sei quando eu aprendo...
Lembro da minha psicóloga Nívea me explicando o quão ansioso meu coração está para ser livre, e o quão louco eu o deixo com as grades de espinhos que minha mente coloca na sua jaula. A paranóia do pobre órgão é tanta que quando eu começo a dar-lhe um pouco de liberdade, ele não consegue se manter. Eu queria saber amar como uma pessoa normal. Meu peito é tão frio e gélido com pessoas que minha mente não quer que estejam por perto, que quando a temperatura finalmente aumenta ela fica tão quente que nem eu agüento a pressão.
O amor fica preso na garganta e na junta dos dedos. Eu não falo e não escrevo, mas meus olhos não conseguem prender da mesma forma. E aí minha mente começa a machucar meu pobre coração outra vez, porque eu não quero mesmo sofrer denovo. Minha lógica estúpida espera reciprocidade mesmo sabendo que cada um é cada um, e que nada vai mudar isso. A amarga dúvida se ele sente o mesmo ou não é pior do que a certeza inventada de que ele não sente.
Eu não quero assustar mais um que apareceu em minha vida em um momento tão inapropriado. Dessa vez se ele corre eu tenho menos ainda pra me manter caminhando. E logo quando eu preciso colocar um ponto final na aquisição do meu diploma, achar um emprego que é a única porta para a cidadania canadense, e me mudar pra um lugar que não vá fazer meus pais acharem que eu sou indigente quando vierem me visitar.
Não sei mais o que escrever. Vou terminar o post por aqui e continuar digerindo o gosto amargo do gol contra.
SeeYa,
Feliploko, um desafinado que também sabe amar.
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